Seguidores

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Que eu aguarde

E iam aparecendo os barulhos do dia
como um ser gigante e bruto
rindo
que me comia.
Iam se fazendo  as horas
como um tricô clandestino
escondendo suas línguas entediantes
marcando o depois
um pouco antes...

Esperar foi como estar sobre o penhasco
no limite
quase embaixo
caindo
sem cair.

Vai nessa de que a espera
é uma arte
vai sim.
A arte é que é esperar-te
sem mapa ou norte
por não  saber
se faço parte

cris

Um comentário:

Cê Fonseca disse...

e parece até que faz parte... também do [re]corte do meu corpo