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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tu. Eu e algo.

Tu. Eu e algo.

Intercedeste como paralela
embora eu interpretasse
que uma nave em inquestionável
linha reta
atravessara a cidade.

(É claro que inconveniente
até
a janela da minha sala).

O espaço é fundo de cena
e a noite
quase poema.

Tu:
duas vogais em desastre
bruto
como um diamante.
Eu : como um duo em parte
teu, misturado ao descarte.

Claro pedaço de algo
meio que... reciclagem.

Vários sentidos sem nexo.
Sem lapidar.

Pura arte.

domingo, 20 de junho de 2010



Caso





Você pode achar que não houve


apenas eu


tive e fiz.


Ou mesmo assim


sem ter tido


azucrinei madrugadas


para mim mesma


com teu perfume.





Provável; dier,


provável é.





Vamos de novo aos quintais


perguntar tudo a esta vida:


o que é real


e o que é nunca?


O que é que é mesmo


a mentira?





O teu perfume de areia


ainda está:


eterna estréia.


Mas não troféu


treco morto.


Porque alinhavo e permito


todas as marcas que touco


e elas se ajeitam e gostam


de perdurar


como encostos...

cristina