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segunda-feira, 25 de abril de 2011

ALARDE


Não sei como juntar
num mundo tão programado
arestas desajeitadas
frestas, brechas
pecados:
todas as partes que sobram
do meu ser nada amestrado
que se nega com fervor
a ficar domesticado

Gosto do alarde espontâneo
fora de tempo e jogado
que faz barulho no peito
quando percorro teus lados.

Não sei de nada certeiro
de futuro
ou legados.
Sou como um barco que segue
a luz da lua
encantado

cristina

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