
e passamos
algo pesca tuas nádegas
e faz com elas balsas
e arrecada beiras de cama
algo
alguém
alguns
algas de mar como folhas
carrego nas minhas entranhas
e sei desta dor que barganha
com sede
a minha existência.
Dou-lhe talvez a insistência
os anos
a casa e as mágoas.
Para andar
preciso delas
e andar o mundo
é a única garantia
de estar viva.
(se ela não anda, ela
vê. Se não, ela toca.
Se navega, nádegas.
E senão:
boca).
Nádegas que me carregam
por favor
fiquem e fiquem
e andem comigo
e sintam
e corram!
Nenhum comentário:
Postar um comentário