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terça-feira, 25 de maio de 2010

Um eu

Um eu

Meu ser parecido com um ponto

viaja entre apetrechos

deste mundo

passando de olho em olho

pessoas

pedaços

calçadas

Entre barracas de mil objetos

vendas proibidas

muito baratas

cheiros sem nome

caras sem dono,

postes pintados de cartazes

ônibus diesel com ruídos

e velhas pessoas

meio acuadas.

E tudo que tenho

dentro do ponto :

passa e não fica.

Sou quase nada...

2 comentários:

Cê Fonseca disse...

"Sou quase nada"

Que é um quase caminho
pra quase tudo

Maria Cristina Campiglia disse...

É!