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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Delírio

Queria minha paz de velho
como gangorra ou balanço,
praça,
domingo,
silêncio. Queria,
porque achava que precisava e estava
quase sem nexo.

Algo assim como ter o espaço
dentro das próprias costelas sem precisar pagá-lo.

Você surgiu sem surgir

(eu não sei se estás mesmo
ou
se sou eu que te faço;
valho-me de um pedaço como desenho ou sonho
algo que penduraste aqui
em minha carência exausta)

Eu sei lá se agarrada
como a uma balsa estranha
por causa do naufrágio
que abandonei por pouco...

Naufragar é preciso, sim.

Às vezes me apareces na sala dos espelhos
E eu se corro te vejo
E fico
Quase que... com desejo.
Como saber se é mesmo
este
o delírio certo?

(mesmo que nunca saiba
se for a dois,
é mesmo...)

Um comentário:

Cê Fonseca disse...

se for por mais de dois
quando será?